
Reposição Hormonal na Peri e Pós-Menopausa: um cuidado com seu bem-estar
A menopausa é uma fase inevitável na vida da mulher, mas isso não significa que precisa ser vivida com sofrimento. A reposição hormonal na peri e pós-menopausa tem se mostrado uma aliada fundamental para devolver qualidade de vida, equilíbrio e saúde à mulher madura. E a melhor parte? Ela pode ser feita de maneira segura, individualizada e com acompanhamento médico cuidadoso.
Por muitos anos, os sintomas da menopausa e climatério foram vistos como parte natural do envelhecimento, algo que a mulher deveria simplesmente aceitar. Hoje, com mais acesso à informação e avanço da medicina, sabemos que é possível atravessar essa fase com mais leveza, bem-estar e vitalidade. E é sobre isso que vamos conversar neste espaço: sobre como é possível se sentir bem de novo, com a ajuda certa.
O que acontece com o corpo na peri e pós-menopausa?
A perimenopausa é o período de transição que antecede a última menstruação, e pode começar anos antes da menopausa em si. Já a pós-menopausa é o estágio que se inicia após 12 meses sem menstruar. Em ambas as fases, o corpo passa por uma queda significativa na produção dos hormônios estrogênio e progesterona, o que impacta diretamente em diversos sistemas do organismo.
É comum que a mulher experimente ondas de calor, alterações no sono, queda de libido, ressecamento vaginal, irritabilidade, ganho de peso e até dificuldades cognitivas. Além dos sintomas, há também riscos mais silenciosos, como aumento da chance de desenvolver osteoporose e doenças cardiovasculares.
Essas mudanças hormonais podem ser intensas e, muitas vezes, difíceis de lidar. Não são "frescuras" nem sinais de fraqueza. São manifestações reais de um organismo que está mudando, e que precisa de atenção, acolhimento e suporte médico especializado.
O que é reposição hormonal?
A terapia de reposição hormonal (TRH) é o tratamento que busca devolver ao organismo os hormônios que ele deixou de produzir ou passou a produzir em menor quantidade. O objetivo é restabelecer o equilíbrio hormonal e aliviar os sintomas da menopausa, além de promover proteção óssea, cardiovascular e cognitiva.
A reposição de estrogênio e progesterona, quando feita de maneira segura, pode transformar completamente a forma como a mulher vive essa etapa. Mais energia, mais disposição, sono restaurado, desejo sexual recuperado e sensação de estar novamente no controle do próprio corpo.
Hoje contamos com diferentes formas de administração — pílulas, géis, adesivos, implantes, cremes —, e a escolha da melhor opção deve sempre ser feita após uma avaliação individualizada, que leve em consideração o histórico de saúde, estilo de vida, sintomas e preferências da paciente.
Reposição hormonal é segura?
Essa é uma pergunta muito comum no consultório, e com razão. Durante muito tempo, a reposição hormonal foi cercada de mitos e receios, especialmente após a divulgação de estudos antigos que sugeriam aumento no risco de câncer. Mas a ciência evoluiu, e hoje temos evidências sólidas de que, quando bem indicada e acompanhada por uma médica qualificada, a reposição hormonal na menopausa é segura e extremamente benéfica.
Os riscos existem, como em qualquer tratamento, mas são controláveis. A chave está na individualização do cuidado. Com exames atualizados, histórico familiar bem avaliado e escolha correta da via de administração, é possível minimizar riscos e potencializar os benefícios.
Além disso, não podemos ignorar os impactos da deficiência hormonal prolongada. A ausência de estrogênio por muitos anos aumenta o risco de fraturas, perda de massa muscular, deterioração cognitiva e comprometimento da saúde cardiovascular. Ou seja, os riscos de não tratar também devem ser levados em conta.
Quem pode fazer reposição hormonal?
Nem toda mulher é candidata à terapia hormonal, mas a maioria é. Mulheres que estão passando pela perimenopausa ou menopausa precoce, que apresentam sintomas moderados a intensos ou que têm histórico de osteoporose, podem se beneficiar enormemente com a reposição.
É necessário um olhar criterioso para cada caso. Pacientes com histórico de câncer hormônio-dependente, trombose ou doenças hepáticas ativas geralmente requerem outras estratégias. Por isso, é essencial fazer essa avaliação com uma ginecologista com formação sólida e atualizada em saúde da mulher madura.
O que sempre reforço no consultório é que o objetivo da reposição hormonal não é simplesmente eliminar sintomas. É oferecer mais qualidade de vida, preservar a saúde a longo prazo e permitir que cada mulher viva sua maturidade com autonomia, prazer e vitalidade.
Quais são os benefícios da reposição hormonal?
Os benefícios da reposição hormonal vão muito além do controle dos calores. Ela atua de forma ampla em diversas áreas da saúde feminina. Melhora a qualidade do sono, reduz episódios de depressão e ansiedade, aumenta a lubrificação vaginal, protege ossos e articulações, e contribui para a manutenção da memória e da concentração.
Do ponto de vista emocional, o impacto é imenso. Muitas mulheres relatam que voltam a se sentir “elas mesmas” após o início do tratamento. A libido melhora, o humor se estabiliza, a energia reaparece. A mulher recupera sua força, sua identidade e sua capacidade de viver com plenitude.
Também há melhora da pele, cabelos e metabolismo, já que os hormônios sexuais têm papel essencial na renovação celular, circulação e manutenção da massa muscular. Ou seja, o corpo responde como um todo, refletindo saúde por dentro e por fora.
Reposição hormonal é a única solução?
Não. Existem alternativas para quem não pode ou não deseja fazer a reposição hormonal tradicional. Fitoterápicos, moduladores seletivos, suplementos e estratégias de estilo de vida também podem ser usados com bons resultados em algumas pacientes.
Por isso, o mais importante é conversar com uma profissional de confiança, que possa indicar a melhor opção para o seu caso. A ginecologia integrativa permite essa abordagem ampliada, respeitando a singularidade de cada mulher e oferecendo alternativas seguras, eficazes e baseadas em evidência científica.
Além do tratamento em si, o cuidado com alimentação, prática de atividade física, redução do estresse e sono de qualidade são pilares fundamentais para atravessar essa fase com mais tranquilidade. Nenhum tratamento funciona isoladamente. O corpo responde melhor quando é cuidado como um todo.
O papel da ginecologista durante essa fase
Na minha prática clínica, vejo diariamente o quanto um acompanhamento atento e acolhedor pode transformar a experiência da mulher na menopausa e climatério. Muitas vezes, o simples fato de se sentir ouvida já representa um grande alívio. E quando esse acolhimento vem acompanhado de conhecimento técnico, planejamento e cuidado contínuo, os resultados são ainda mais potentes.
Como ginecologista com foco em saúde hormonal feminina, me dedico a estudar, orientar e acompanhar mulheres que estão vivendo essa fase. Trabalho com protocolos personalizados, baseados em exames, escuta ativa e metas de bem-estar reais. Aqui, cada paciente é única, e seu tratamento também será.
Minha missão é ajudar você a entender seu corpo, suas opções e seus caminhos. A reposição hormonal na perimenopausa e pós-menopausa pode ser um divisor de águas na sua vida. E se você sente que não está mais se reconhecendo, que perdeu seu brilho, seu ritmo, sua leveza — saiba que há solução.
Agende sua consulta e cuide de você com quem entende do assunto
Se você está passando por essa fase ou começando a perceber os primeiros sinais da menopausa, agende uma consulta comigo. Vamos conversar com calma, avaliar seus exames, entender seus sintomas e traçar juntas um plano de cuidado que respeite sua história, seus objetivos e sua saúde.
Sou a Dra. Nathalia Borio, ginecologista especialista em cirurgia minimamente invasiva. Estou aqui para te acolher, te orientar e caminhar com você em direção a uma vida mais equilibrada, saudável e plena.
Você não precisa enfrentar essa fase sozinha — e nem viver com sofrimento. Existe tratamento, existe alívio e, principalmente, existe um jeito mais leve de viver a menopausa. Vamos juntas?
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