Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva
Conheça os Tipos, Indicações e Procedimentos Minimamente Invasivos como a Videolaparoscopia Ginecológica.
A cirurgia ginecológica é um procedimento que pode ser necessário em diversos casos. Seja para tratar uma condição de saúde ou para prevenir complicações futuras, a cirurgia pode ser a melhor opção. Neste texto, a Dra. Nathalia Borio, ginecologista da USP, explica as indicações, os tipos de cirurgias e como funcionam.
Quando a cirurgia ginecológica está indicada?
As indicações para cirurgia ginecológica variam de acordo com a condição de saúde da paciente. Algumas das condições que podem exigir cirurgia são:
Endometriose
Uma situação em que o endométrio, tecido que normalmente cresce dentro do útero, começa a crescer fora dele, causando dor e possíveis complicações. Saiba mais na página Endometriose.
Cirurgia para Endometriose
A cirurgia para endometriose é recomendada nos casos mais avançados da doença, em que o tratamento medicamentoso não é suficiente para aliviar os sintomas ou quando a paciente tem dificuldade para engravidar. O objetivo da cirurgia é remover os focos de endometriose e recuperar a anatomia e a função dos órgãos afetados. A cirurgia pode ser feita por laparoscopia, por cirurgia robótica ou por laparotomia, a depender da extensão da endometriose e do estado geral da paciente.
Miomas uterinos
Tumores benignos que crescem no útero e podem causar dor e sangramento excessivo.
Cirurgia para Miomas Uterinos
A cirurgia de miomas uterinos pode ser recomendada para pacientes com sintomas graves, como dor abdominal, menstruação intensa, sangramentos fora do período menstrual e frequente necessidade de urinar. Dependendo do tamanho e localização dos miomas, existem diferentes opções cirúrgicas, como a miomectomia (remoção do mioma) ou histerectomia (remoção do útero). A escolha da técnica dependerá das características da paciente, como idade, desejo de fertilidade e gravidade dos sintomas.
Prolapso uterino
Quando o útero desce em direção à vagina, causando desconforto, sangramento e alterações fecais e urinárias.
Incontinência urinária
Condição em que ocorre perda involuntária de urina, geralmente durante atividades físicas, tosse, espirro ou outras situações que aumentam a pressão abdominal. A incontinência pode ser causada por vários fatores, incluindo fraqueza dos músculos do assoalho pélvico, alterações hormonais, danos nos nervos ou musculatura da região pélvica, além de fatores genéticos, hábitos de vida e até mesmo pela idade avançada. A incontinência urinária pode afetar a qualidade de vida das pessoas, limitando suas atividades cotidianas e causando desconforto e constrangimento social.
Cirurgia de Incontinência Urinária
A cirurgia é uma opção de tratamento para mulheres com incontinência urinária que não respondem a outras terapias. Existem diferentes tipos de cirurgias, desde procedimentos minimamente invasivos e realizados em consultório, como lasers, cirurgias minimamente invasivas realizadas em centro cirúrgico, com a colocação de telas de sustentação, se necessário, até cirurgias mais complexas. A escolha do tipo de cirurgia dependerá do grau de incontinência e de outras condições médicas que a paciente possa ter. É importante que a paciente discuta todas as opções de tratamento com o seu ginecologista para tomar a decisão mais adequada.
Câncer ginecológico
Tumores malignos que se desenvolvem no colo do útero, ovários ou útero.
Cirurgia de Câncer Ginecológico
A cirurgia é uma das principais modalidades de tratamento para o câncer ginecológico, que pode afetar o colo do útero, o endométrio, os ovários, as trompas de Falópio e a vulva. O objetivo da cirurgia é remover o tumor e, em alguns casos, os órgãos afetados. A escolha da técnica cirúrgica depende da localização e estágio do câncer, bem como da idade e da saúde geral da paciente, e pode ser necessária a complementação posteriormente com quimioterapia e radioterapia. É importante destacar que a cirurgia para o câncer ginecológico pode ter impacto significativo na fertilidade e na função sexual da paciente, por isso é fundamental discutir com o médico as opções de tratamento e seus possíveis efeitos colaterais, considerando congelamento de óvulos para preservação da fertilidade antes de fazer a cirurgia e de iniciar tratamentos oncológicos, caso deseje ter filhos no futuro.
Tipos de Cirurgias Ginecológicas
Com o avanço da medicina e das técnicas cirúrgicas, é possível tratar uma série de problemas ginecológicos com eficácia e segurança, proporcionando a cura e mais qualidade de vida para as mulheres. Conheça as principais técnicas:
Cirurgias Minimamente Invasivas
As cirurgias minimamente invasivas são realizadas com pequenas ou nenhuma incisão e possuem o benefício de reduzir o risco de complicações cirúrgicas, diminuir o tempo de internação, recuperação mais rápida e com menos dor no pós-operatório, assim as atividades cotidianas podem ser retomadas em poucos dias.
Com sua técnica e equipe de excelência, a Dra. Nathalia Borio realiza a cirurgia ginecológica minimamente invasiva para diversos casos, como miomas, endometriose, câncer de ovário, incontinência urinária, pólipos, entre outros.
Outra vantagem da cirurgia minimamente invasiva é que as cicatrizes são menores e menos visíveis (quando presentes). Isso é especialmente importante para pacientes que desejam manter a aparência estética do corpo, como é o caso de mulheres que desejam manter a forma da barriga ou que têm preocupações com a aparência de cicatrizes.
No entanto, nem todas as cirurgias ginecológicas podem ser realizadas com técnicas minimamente invasivas. Em alguns casos, é necessário fazer uma incisão maior, o que pode aumentar o tempo de recuperação e requerer mais cuidados pós-operatórias.
Videolaparoscopia Ginecológica
A videolaparoscopia ginecológica, também denominada laparoscopia, é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo realizado na região abdominal e pélvica, utilizando um instrumento chamado laparoscópio. Esse equipamento é composto por um tubo fino e longo com uma câmera na ponta, que é inserido através de pequenas incisões na pele.
Durante o procedimento, o laparoscópio é inserido através de uma pequena incisão na região umbilical, e outros instrumentos cirúrgicos são inseridos através de pequenas incisões adicionais na região abdominal e pélvica. O laparoscópio permite ao cirurgião visualizar o interior da cavidade abdominal em alta definição, e assim realizar a cirurgia com mais precisão.
A videolaparoscopia é segura e eficaz, e é comumente utilizada para diagnosticar e tratar uma variedade de condições ginecológicas, como endometriose, cistos ovarianos, miomas uterinos, infertilidade, entre outras.
A videolaparoscopia ginecológica é realizada sob anestesia geral, e a duração do procedimento pode variar de acordo com a complexidade da cirurgia. Após o procedimento, a paciente pode sentir um leve desconforto abdominal e pequenas incisões podem levar alguns dias para cicatrizar.
Por ser um procedimento minimamente invasivo, a videolaparoscopia ginecológica apresenta diversas vantagens em relação às cirurgias abertas convencionais, como menor tempo de recuperação, menor risco de infecção e menor trauma para o tecido circundante. Por essas razões, a videolaparoscopia ginecológica é uma opção cada vez mais utilizada pelos médicos ginecologistas para diagnosticar e tratar condições ginecológicas.
Histerectomia
Um tipo de cirurgia ginecológica bastante comum é a histerectomia, que consiste na remoção do útero. Ela pode ser realizada nos casos de miomas uterinos, endometriose, câncer de colo de útero ou de endométrio, entre outros. Existem três tipos de histerectomia: abdominal, vaginal e laparoscópica. A escolha do tipo depende do problema a ser tratado, das características do útero e da preferência do médico e da paciente.
Histerectomia abdominal
A histerectomia abdominal é realizada através de uma incisão na região do abdômen, permitindo uma visualização direta do útero. Esse tipo de cirurgia é indicado quando há grandes miomas ou cistos ovarianos, além de outros problemas.
Histerectomia laparoscópica
Já a histerectomia laparoscópica é realizada através de pequenas incisões no abdômen, por onde são inseridos instrumentos para a remoção do útero. Esse tipo de cirurgia oferece uma melhor recuperação após o procedimento, por ser uma cirurgia ginecológica minimamente invasiva.
Histerectomia vaginal
A histerectomia vaginal é realizada através da vagina, sem a necessidade de cortes no abdômen. É indicada para casos em que o útero é menor, para quem possui prolapsos e quando o útero não possui aderências.
Miomectomia
A miomectomia é uma cirurgia indicada para retirar apenas os miomas, preservando o útero. É uma opção para mulheres que desejam engravidar no futuro. Esse procedimento também pode ser feito por via vaginal, abdominal ou laparoscópica.
Ooforoplastia
Outro tipo de cirurgia ginecológica comum é a ooforoplastia, que consiste na remoção de cisto ovariano. Ela é indicada em casos de cistos ovarianos, endometriose, gestação ectópica ovariana ou outras condições. A ooforoplastia pode ser realizada através de cirurgia laparoscópica na grande maioria dos casos.
Colpoperineoplastia
A colpoperineoplastia é um procedimento que tem como objetivo corrigir problemas de incontinência urinária e/ou prolapso genital em mulheres. Ela é indicada para casos em que o assoalho pélvico está enfraquecido, o que pode causar a queda de órgãos como o útero, a bexiga ou o reto. A cirurgia consiste na reconstrução do assoalho pélvico através de pontos e se necessário, reforço com telas. É realizada por via vaginal e a recuperação costuma ser rápida.
Cirurgia para Incontinência Urinária
Existem diferentes tipos de cirurgias para tratar a incontinência urinária, e a escolha do procedimento depende do tipo e da gravidade do problema. Uma opção comum é a cirurgia de sling, na qual uma faixa ou fita é colocada sob a uretra para fornecer suporte e ajudar a prevenir o escape de urina. Outros procedimentos incluem a colocação de dispositivos médicos, como próteses ou a injeção de materiais para fortalecer os tecidos do assoalho pélvico, ou ainda o laser vaginal. É importante consultar um ginecologista especializado para avaliar seu caso e discutir as opções de tratamento mais adequadas para você.
É importante lembrar que cada caso é único e a indicação de uma cirurgia ginecológica deve ser feita apenas após uma avaliação cuidadosa do cirurgião ginecológico. Além disso, é fundamental escolher um profissional qualificado e experiente, que possa oferecer as melhores opções de tratamento e orientar a paciente em todas as etapas do processo.
Especialista em Cirurgia Ginecológica em São Paulo - SP
A Dra. Nathalia Borio é ginecologista especializada em cirurgias ginecológicas, atua nos principais hospitais de São Paulo, oferecendo procedimentos tanto por via vaginal quanto abdominal, com ênfase em cirurgias minimamente invasivas. Com sua expertise em cirurgias ginecológicas, ela pode ajudá-la a entender o procedimento e a escolher a melhor opção para o seu caso.