Miomatose Uterina

Dra. Nathalia Borio 29 JAN

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Miomatose Uterina

O útero é símbolo de força e vida. No entanto, algumas condições podem impactar a saúde uterina e, por consequência, a qualidade de vida da mulher. A miomatose uterina, caracterizada pela presença de miomas (tumores benignos), é uma dessas condições. Embora comum, muitas mulheres convivem com os sintomas em silêncio, sem saber que existem soluções modernas e eficazes, como os tratamentos cirúrgicos minimamente invasivos.

Se você ou alguém próximo enfrenta a miomatose uterina, este texto é um convite para entender melhor a condição e descobrir como a cirurgia ginecológica moderna pode transformar a saúde feminina de forma segura e menos invasiva.

O Que é Miomatose Uterina?

A miomatose uterina é uma condição em que múltiplos miomas – tumores benignos formados por tecido muscular – se desenvolvem no útero. Esses miomas podem variar em número, tamanho e localização, podendo estar na parte interna, na parede ou na parte externa do útero.

Embora nem todas as mulheres com miomas apresentem sintomas, aquelas que convivem com miomatose uterina frequentemente relatam desconfortos significativos, como sangramento menstrual intenso, dor pélvica, sensação de pressão na região abdominal, aumento da frequência urinária ou dificuldades para engravidar.

Causas e Fatores de Risco

A causa exata da miomatose uterina ainda não é completamente compreendida, mas sabe-se que fatores genéticos e hormonais desempenham um papel importante no seu desenvolvimento. O estrogênio e a progesterona, hormônios femininos que regulam o ciclo menstrual, estão diretamente relacionados ao crescimento dos miomas.

Outros fatores de risco incluem histórico familiar de miomas, menarca precoce (primeira menstruação em idade jovem), obesidade e nunca ter engravidado. Apesar desses fatores, é importante lembrar que a miomatose uterina pode afetar qualquer mulher em idade fértil, independentemente de estilo de vida ou histórico familiar.

Diagnóstico da Miomatose Uterina

O diagnóstico da miomatose uterina geralmente ocorre durante consultas ginecológicas de rotina, quando o médico percebe alterações no tamanho ou na forma do útero. Exames complementares, como ultrassom transvaginal, ressonância magnética e histeroscopia, são fundamentais para confirmar a presença de miomas e determinar suas características.

Esses exames ajudam a identificar o número, o tamanho e a localização dos miomas, informações essenciais para definir o melhor plano de tratamento, especialmente se a cirurgia for recomendada.

Quando Optar por Tratamento Cirúrgico?

Nem todas as mulheres com miomatose uterina precisam de cirurgia. Muitas vezes, o tratamento clínico com medicamentos pode ser suficiente para aliviar os sintomas. No entanto, em casos de sangramento intenso, dores persistentes, aumento significativo do útero, infertilidade ou impacto na qualidade de vida, o tratamento cirúrgico pode ser a melhor opção.

O objetivo da cirurgia é remover os miomas (miomectomia) ou, em alguns casos, realizar a retirada completa do útero (histerectomia), sempre preservando ao máximo a saúde e os objetivos reprodutivos da paciente.

Cirurgia de Miomatose Uterina

A evolução da medicina trouxe alternativas modernas e menos agressivas para o tratamento da miomatose uterina. As cirurgias minimamente invasivas, como a videolaparoscopia e a histeroscopia, permitem tratar a condição com menor impacto no corpo, reduzindo o tempo de recuperação e proporcionando resultados eficazes.

Na videolaparoscopia, pequenas incisões são feitas na região abdominal, por onde o cirurgião utiliza uma câmera e instrumentos específicos para remover os miomas. Essa técnica é ideal para miomas maiores ou localizados em áreas de difícil acesso.

Já a histeroscopia é realizada sem cortes, com a introdução de um histeroscópio pela vagina e colo do útero, permitindo tratar miomas submucosos (localizados na parte interna do útero) de forma rápida e eficaz.

Ambas as técnicas oferecem benefícios como menor dor pós-operatória, cicatrizes reduzidas, menor risco de complicações e retorno mais rápido às atividades diárias.

Benefícios da Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva

Optar por um tratamento cirúrgico minimamente invasivo para miomatose uterina traz vantagens significativas para a paciente. Além de oferecer alta taxa de sucesso no controle dos sintomas, essas técnicas proporcionam:

• Recuperação mais rápida, com alta hospitalar no mesmo dia ou em até 24 horas;

• Menor necessidade de medicações pós-operatórias;

• Preservação da fertilidade, quando possível e desejado pela paciente;

• Menor impacto emocional, devido à abordagem menos invasiva e ao retorno precoce às atividades cotidianas.

Cuidados Pós-Operatórios

Após a cirurgia, é essencial seguir as orientações médicas para garantir uma recuperação tranquila. Repouso, uso de medicações prescritas e evitar atividades físicas intensas são medidas importantes nos primeiros dias.

O acompanhamento regular com a ginecologista é indispensável para monitorar a cicatrização e avaliar os resultados do procedimento. Com os avanços das técnicas minimamente invasivas, a maioria das mulheres retorna à rotina em poucas semanas, com alívio significativo dos sintomas.

O Impacto da Miomatose Uterina na Qualidade de Vida

Conviver com a miomatose uterina pode ser desafiador, tanto física quanto emocionalmente. Os sintomas frequentes, como dor e sangramento excessivo, muitas vezes limitam atividades diárias e afetam a autoestima.

A cirurgia não apenas trata os sintomas, mas também proporciona uma nova oportunidade para resgatar a qualidade de vida, permitindo que as mulheres voltem a viver com conforto, segurança e confiança em seu corpo.

Ginecologista Especialista em Miomas Uterinos

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